VIAGEM A CHAVES

VIAGEM A CHAVES

Muitas foram as viagens pelo Estado do Pará, conhecendo aproximadamente 120 municípios, entre os 144 existentes. Não lembro quando tudo começou e as viagens aconteceram de barco/návio, avião e carro, cada uma com história para contar.

No dia 17 do corrente mês viajei rumo a Chaves, município marajoara típico, na contra costa do oceano atlântico. A viagem começou de avião até Macapá, saindo de Belém às 00.10hs, chegando em Macapá às 01.00hs, sendo recebido no aeroporto pelo amigo/irmão Alexandre/Ferreti, que reside na capital do Estado vizinho do Amapá.

Fiquei em Macapá até as 20hs do dia 17, horário em que o barco partiu para Chaves, sendo que durante o curto período na Cidade de Macapá, junto com Alexandre, fui conhecer um pouco do lugar,  ressaltando que no ano de 1982 estive na capital do Estado do Amapá para participar do velório do tio Saint-Clair. Fomos no Forte de São José, na orla, no comércio e tomar conhecimento sobre viagem para Chaves, ficando certo que o barco sairia as 20hs. No final da tarde saímos rumo a orla para apanhar o barco, antes, porém, fomos visitar a prima Sheila, filha do tio Saint-Clair, que na cidade reside, não recordando se algum dia tenha ocorrido algum contato pessoal, mas somos amigos em rede social.

No horário certo o barco partiu rumo a Chaves, com o período estimado de 06 a 07 horas de viagem até o destino. Inúmeras viagens realizei de barco, perdendo a conta, não sendo novidade, entretanto,cada uma tem a sua história. Puxando conversa com passageiros e tripulantes fiquei sabendo de várias caracteristicas de Chaves, principalmente como chegar além de barco.

A noite a escuridão toma conta da viagem, o barulho do motor da embarcação, sendo que armei a rede em cima do mesmo, redes entrelaçadas, povo dormindo, tomando café a noite toda, vento forte fazia dançar as redes, ao longe uma luz de alguma embarcação que segue em frente ou que vem no sentido contrário. Procuro saber se vamos encontrar um local igual a baia do Arrozal, o temor dos navegantes próximo a Belém, mas falaram que não, entraríamos pelo rio com água mais calma. Como é noite, começando o verão para nós do norte, o céu fica aberto, as estrelas brilham e a lua reflete de dourado sobre o rio, um espetáculo maravilhoso, só aproveitado para quem viaja de barco na madrugada.

Depois de aproximadamente 07 horas de viagem chega a Chaves, ainda de madrugada, procurando uma pousada para passar os dias nesta Cidade tipicamente marajoara.

Já no dia 18, acordei cedo e senti o calor do povo de Chaves, uma cidade sem atrativos, mas com uma praia bem em frente, que só aparece na vazante da maré. As ruas principais são estreitas, de concreto, dois ou três carros na cidade, porém muitas motos e bicicletas. O marajoara de verdade mora no local, com histórias de pescador, das ilhas as proximidades(Mexiana e Caviana), além de outras.

O domingo foi do hotel para o trapiche e de conversa na sorverteria em frente a pousada. O trapiche é bem diferente dos que já conheci, todo de concreto, deve ter aproximadamente 200 metros, inclusive observei gente fazendo caminhada por lá.

Chaves é bem diferente das cidades marajoaras que conheço(Breves, Portel, Soure, Salvaterra), sendo que nestas existe infraestrutura para turismo e mais conhecidas.

Existe dificuldade de transporte, para chegar em Chaves saíndo de Belém pode apanhar navio até Macapá, dependendo da embarcação a viagem gira em torno de 23 ou 12 horas, depois outro barco até Chaves com duração de 06 a 07 horas, mas vale ressaltar que em Macapá tem que depender do horário da viagem. Outro meio de transporte até Macapá, partindo de Belém, é de avião, com duração de 45 minutos. A viagem de Macapá até Chaves é dependente da maré, ou seja, não tem horário fixo, mais problema.

Retornei por Afuá, a Veneza Paraense, apanhando o barco as 19 horas, chegando em Afuá 22 horas, pernoitando e no dia seguinte, por meio de uma lancha expresso, chegar a Macapá. A razão da viagem para Afuá, além do interesse de conhece mais esse município marajoara, Capital do Camarão, foi em razão da embarcação que sairia de Chaves na terça-feira, só aconteceria pela parte da tarde, como sempre em razão da maré, que poderia fazer com que perdesse o retorno a noite para Belém. 

Afuá é bem diferente, mais estruturada e próximo a Macapá, duas horas de viagem na lancha expressa, as ruas estreitas, de concreto, cidade bem na margem do rio. Não existem carros e motos circulando, proibido no local, muitas bicicletas e triciclos, correndo o risco de ser atropelado. A cidade vive os preparativos para o festival do camarão, que sempre acontece todos os anos no mês de julho.

Por fim cheguei em Macapá as 12hs, permanecendo até o horário de retorno a Belém, que aconteceu as 01.10hs do dia 21. É bom frisar que o camarão regional na região tem preço mais barato do que em Belém.

A viagem foi ótima, sempre bpm conhecer o outro Marajó