ICOARACI - UM POUCO DA SUA HISTÓRIA

ICOARACI - UM POUCO DA SUA HISTÓRIA “A história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos.” Cícero Partindo desse pensamento é que começo a escrever essa história de um passado marcante de Icoaraci, distrito de Belém(PA). Os fatos vividos e que não voltam, mas que são guardados na memória de muitos e presenciaram os acontecimentos, são os que marcaram a Vila de Icoaraci, hoje um mega distrito de Belém. A antiga estação de trem, ainda imponente no mesmo lugar, com lembranças do tempo de primário na Escola Paroquial “São João Batista” e as aulas de catecismo na Igreja Matriz, próximo estação de trem. O Matadouro, antiga FRIMAPA, ao longo do rio Maguari. Os banhos nas praias do Redentor e Outeiro. Cotijuba não era conhecida com as praias que hoje embelezam aquele lugar, mas sim pela colônia penal que existia, restando somente os escombros. Lembranças da fábrica de laranjada Cruzeiro, localizada na Cristovam Colombo, hoje Lopo de Castro, atualmente no prédio conhecido “Radiolux”. Fica ainda na lembrança os campos de futebol que se espalhavam no Centro de Icoaraci, eram vários, entre eles o que ficava onde hoje é o conjunto “Lopo de Castro”. Ao lado da igreja matriz tinha outro, bem como o do Santa Rosa na Berredos. Muitos outros existiam, afastados do centro, entre eles do Maguari, local onde existe hoje um centro comercial que só ganhou direção com os pequenos comércios na Oito de Maio, Estrada do Outeiro, Quinta Rua da Campina e Travessa Moura Carvalho. Os Campos do Tijuca e do Veteranos desapareceram com as casas que construíram onde eram localizados no bairro da Campina. Outros relatos podem ser feitos para dizer que Icoaraci tem história, porém, quero me deter com mais profundidade sobre o trapiche que fica localizado na rua Siqueira Mendes com a travessa Lopo de Castro. Ainda menino morando aproximadamente 500 metros do trapiche era comum frequentar o lugar. Primeiramente acompanhando a minha avó Rita, mãe do meu pai, pois era ela que ia no mercado fazer compras e dar sempre um pulo no trapiche para comprar peixe, camarão que chegavam por lá. As embarcações ficavam atracadas no local, trazendo peixes frescos, camarões, frutas diversas vindos das ilhas próximas. Encantado ficava com os carregadores de peixe, levando na cabeça, acondicionado em uma espécie de tabuleiro, feito de madeira, os grandes filhotes de 50, 60, 70 quilos e até jacarés chegavam e eram levados para a venda do mercado. O trapiche era também de lazer quando a maré estava alta, pois ia pescar siri com puçá ou algum peixe pequeno. Era comum encontrar gente praticando pescaria no trapiche, o que hoje se torna difícil devido o grande movimento que tem por lá. Com a maré baixa formava ao redor e ao longo do trapiche um verdadeiro lamaçal, sendo que se alguém saísse para apanhar uma embarcação que não estivesse atracada no trapiche, mas ancorada na lama, tinha que passar por toda a dificuldade que a lama proporcionava, deixando quem se aventurasse todo sujo de lama. Este lugar, trapiche de Icoaraci e ao redor, ganhou uma nova visão, pois a lama desapareceu, conforme mostram as fotos anexas, surgindo uma praia, com a arreia que chegou com a erosão, inclusive carros descem até a beira do rio na maré baixa, fato que não acontecia tempos idos. A utilidade passou a ser uma nova via principalmente quem vai e vem das ilhas próximas, não precisando esperar a maré alta para apanhar ou descer das pequenas embarcações que chegam ou partem para seus destinos. A praia surgiu e muitos frequentam, entretanto, não tem nenhuma infraestrutura, limpeza, o mato toma conta na beira, sem nenhum valor dado pelos órgãos públicos neste espaço de lazer, sendo que os moradores de Icoaraci e quem aqui chega ganham para deliciarem das margens do Rio Pará. Assim, recordar é viver, como dizia o saudoso e folclórico Raimundo da Vera Cruz Leal, que tinha a alcunha de “Vigia”, figura formidável conhecido pelo povo icoraciense. ACREDITE EM DEUS

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