ICOARACI/BELÉM(PA), 09.06.2020
O CASAMENTO DE CARLOS VEIGA E REGINA ARAÚJO
- O BOI QUE FOI SACRIFICADO PARA O CHURRASCO
                      
A família Araújo da qual faço parte tinha como patriarca RAYMUNDO SALES ARAÚJO, conhecido como “Didico” e a matriarca RUFINA SANTOS ARAÚJO, já falecidos, sendo que da união nasceram REINALDO, REGINA. REGINALDO, ROSA, ROBERTO, RONALDO, RODIVALDO, ROSSI, RAIMUNDO e ROSELI. Todos nascidos e criados em Belém/Icoaraci, sempre na perfeita união, perdurando até os dias de hoje e com a chegada de netos, bisnetos e sobrinhos.
No ano de 1972 chegou aqui uma família de maranhense, vindos de São Luis (MA), bairro do Anil, capitaneada por INALDO VEIGA, patriarca, conhecido como “Barrão” e a matriarca era LEONETE VEIGA, conhecida como “Dona Loló”, já falecidos. Os filhos do casal são JOÃO VEIGA, CARLOS VEIGA, INALDO VEIGA FILHO e ILNETE VEIGA e a sobrinha ROSA, sendo quando a família aqui chegou, os filhos JOÃO e CARLOS aqui já se encontravam em razão do parentesco com a família RAMOS, estes conhecidos em Icoaraci devido a relação com o Clube Santa Rosa, onde REINALDO RAMOS era casado com a REGINA RAMOS, filha do mestre “Salu”.
É bom salientar que os ARAÚJOS residiam na rua Padre Júlio Maria (terceira rua) entre as travessas Pimenta Bueno e Lopo de Castro, antiga Cristovão Colombo e os VEIGAS passaram a residir na rua Padre Júlio Maria, entre as travessas Cruzeiro e Pimenta Bueno. A chegada da família Veiga de imediato veio construir uma relação de amizade com a família Araújo, bem como a família SANTOS, capitaneada pelo patriarca BARNABÉ CORREA DOS SANTOS e matriarca MARINA SANTOS, estes meus tios, sendo muito forte a relação de amizade construída que vários fatos sucederam de extrema importância advindos do forte laço e por fim a união ficou tão entrelaçada que meu irmão RONALDO casou com a ROSA, sobrinha do seu INALDO e da dona LEONETE. O INALDO FILHO casou com a prima BERNADETE, filha dos tios BARNABÉ e MARINA. O CARLOS filho de INALDO VEIGA e LEONETE contraiu matrimônio com a minha irmã REGINA.
O namoro de CARLOS e REGINA começou em 22 de janeiro de 1974, quase no mesmo dia que começou o meu namoro com a Dora, que veio a acontecer no dia 26 de janeiro do mesmo ano, sendo que o casamento deles veio acontecer aproximadamente 6 (seis) anos depois e o meu quase depois de aproximadamente 10(dez) anos de namoro.
CARLOS e REGINA casaram no mês de dezembro de 1979. A lembrança do dia coincidiu com a formatura dos colegas da faculdade de direito que ocorreu no dia anterior e cheguei em casa pela manhã no dia do casamento, uma grande ressaca. Com a designação da data do casamento vieram os preparativos. Seu DIDICO estava terminando de construir a casa que passamos a morar, onde ocorreu a festa e até no dia do casamento pequenos detalhes faltavam para ajustar a construção.
Muitos preparativos, sempre as guloseimas na frente e para o dia evento os patriarcas decidiram comprar um boi para o abate e servir a carne no churrasco. O bovino ficou no quintal de casa, que era grande, sendo bem tratado pois era servido capim, farelo, cevada, mas o chifrudo não engordava. Nesse tempo começaram a sumir roupas do varal do quintal de casa e não aparecia suspeito do furto e nem as roupas eram encontradas.
Chegando o dia do casamento veio o abate do ruminante, uma festa antes do casamento, sendo que o é diferente do que acontece com o Peru, não precisa servir cachaça, tem que ser porrada na cabeça, depois fazer a sangria. A sangria é realizada pela secção dos grandes vasos do pescoço, à altura da entrada do peito, feita antes de serem esfolados, pois isso evita coagulantes de sangue nos tecidos e, assim, de tornar a carne rançosa. Depois de esfolado, ou seja, tirado todo o couro, abriram a barriga do morto, neste momento ficou desvendado o furto das roupas do varal, estava escondia dentro do animal, ou seja, ele se alimentava da roupa, razão pela qual não engordava, pois a roupa não é vitamina que leva a engorda.
Depois disso o casamento ocorreu normalmente, muito churrasco advindo da carne do boi engolidor de roupa do varal, motivo de risadas e bebidas no dia do casório.

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