ICOARACI, 31 DE OUTUBRO DE 2022
AS RAZÕES PELAS QUAIS BOLSONARO PERDEU AS ELEIÇÕES
Primeiramente quero dizer que sou de esquerda, mas essa visão pessoal e vista de muito tempo, é relacionada com os fatos que aconteceram antes e depois das eleições de 2018.
Durante 28 anos Bolsonaro esteve como deputado federal e no Congresso, apesar de 28 anos, a sua notoriedade era como um copo d’água no oceano, ou seja, sem muita representatividade, diferente de outros políticos que de maior expressão como Marco Maciel, Ulisses Guimarães, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Sarney, Jader Barbalho e tantos outros. Entretanto as expressões horrendas usadas por ele chamavam mais atenção, como: "Deveriam ter sido fuzilados uns 30 mil corruptos, a começar pelo presidente Fernando Henrique Cardoso."; "O filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um coro, ele muda o comportamento dele. Olha, eu vejo muita gente por aí dizendo: ainda bem que eu levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem.“; "Não empregaria mulheres com o mesmo salário (...) tem muita mulher que é competente"; "Trabalhadores tem que escolher entre ter direitos ou emprego"; “O grande erro foi torturar e não matar”; “Fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Nem para procriador ele serve mais”; “Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff”; “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre. Vou botar esses picaretas para correr do Acre. Já que gosta tanto da Venezuela, essa turma tem que ir para lá” (2018); “Eu jamais ia estuprar você porque você não merece” (2003 e 2014).
Nada disso era relevante, como menciono acima era um copo d’água no oceano. Porém, vieram as eleições de 2018 e ele foi eleito, com promessas políticas de armamento, acabar com a corrupção, não aliar com o centrão, reforma da previdência e outras medidas. Deixou de ser um copo d’água no oceano para o Rio Amazonas que avança para o oceano, onde começaram as investigações sobre aquilo que estava debaixo do tapete principalmente rachadinhas e envolvimento com milicianos.
Aquilo que disse combater a corrupção e não se aliar com o centrão foram falácias e é no centrão que encontramos a corrupção. Ele se alinhou com políticos do centrão que já vinham dos governos do PT e que foram mais favorecidos com o Petrolão, Mensalão e agora com o Orçamento Secreto, sendo que os escândalos que já estão chegando a passo de lesma. Deixou de combater as corrupções, não se fala em operação lava-jato, mas o Ministério da Educação é prova viva da corrupção que ocorreu, inclusive ministro preso.
Ele não mudou nada, as atitudes pessoais continuaram chegando a oferecer capim em um vídeo dirigido ao povo nordestino que votava nos seus adversários e os seguidores sorriam. Na pandemia, foi crucial, praticamente pisou em cima dos que estavam sofrendo com gestos, palavras e expressões grotescas, inconcebíveis para um ser humano, a falta de respeito para com o próximo, em vez de se humanizar com a doença, fazia encontro com seus seguidores, não usou máscara, que era recomendado mundialmente, fazia reuniões com os seus seguidores, motociatas e eles batiam palmas, chamando de “mito”, praticando os mesmos gestos, fazendo arminhas em todos os lugares, inclusive nas igrejas evangélicas e seus seguidores o apoiavam e o povo sofria, desdenhou inúmeras vezes os que eram acometidos da pandemia, deixou de apoiar os amazonenses quando mais precisaram de oxigênio, mas a resposta veio nas urnas.
A política do ódio que ele já carregava levou os seus seguidores a fazerem o mesmo, procurando jogar os seus apoiadores contra as instituições, invadir o STF, falar em urnas fraudulentas e tantas outras situações que fazia com que os seus seguidores acreditassem aumentando o ódio, mas o povo não acreditava no governo, mesmo que algumas situações eram dirigidas ao povo como o auxílio Brasil, mas que não foi graças a ele e sim ao Congresso, que não aceitou a proposta de R$ 200,00 oferecida, sendo feita a contra proposta de R$ 500,00 pelo Congresso, mas chegou aos R$ 600,00, ou seja, a proposta foi de R$ 200,00, para que fique claro.
Nos últimos momentos, ainda antes das eleições e já era tarde, pediu desculpas as mulheres pelos ataques, porém, após o primeiro turno começou com o pé esquerdo, chamando os nordestinos de jumentos. Visitou Belém na sua maior festa, bem como Aparecida, provocando entre seus seguidores e os católicos uma guerra, foi outro tiro no pé e nos últimos instantes apoiadores tiveram o desprazer de usarem armas contra policiais e em via pública, no momento não permitido, investir contra pessoa de bem, se arvorando pelo fato de ter imunidade parlamentar.
Confesso que o povo não precisava de picanha, mas o pouco que fosse dado de coração, sem desdenhar de ninguém, sem política de ódio contra seus adversários, com certeza seria abençoado.
É o que penso
Término aqui com essa passagem bíblica:
“faz parte ela natureza humana se alegrar quando um inimigo tem problemas. Podemos tentar disfarçar a satisfação pecaminosa por sua aflição, professando sentir o prazer justo pela justiça feita; mas os sentimentos interiores são contrários ao exemplo e aos ensinos de Jesus, que morreu por um mundo de inimigos (Romanos 5:8-10).”.
VIAGEM A CHAVES
VIAGEM A CHAVES Muitas foram as viagens pelo Estado do Pará, conhecendo aproximadamente 120 municípios, entre os 144 existentes. Não lembro quando tudo começou e as viagens aconteceram de barco/návio, avião e carro, cada uma com história para contar. No dia 17 do corrente mês viajei rumo a Chaves, município marajoara típico, na contra costa do oceano atlântico. A viagem começou de avião até Macapá, saindo de Belém às 00.10hs, chegando em Macapá às 01.00hs, sendo recebido no aeroporto pelo amigo/irmão Alexandre/Ferreti, que reside na capital do Estado vizinho do Amapá. Fiquei em Macapá até as 20hs do dia 17, horário em que o barco partiu para Chaves, sendo que durante o curto período na Cidade de Macapá, junto com Alexandre, fui conhecer um pouco do lugar, ressaltando que no ano de 1982 estive na capital do Estado do Amapá para participar do velório do tio Saint-Clair. Fomos no Forte de São José, na orla, no comércio e tomar conhecimento sobre viagem para Chaves, fica...
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